sexta-feira, outubro 13, 2006

Notas à margem

A propósito da marcha dos Professores no dia 5 de Outubro, em Lisboa, escreveu Santana Castilho:
" O que Lisboa viu no dia 5 de Outubro, 96 anos depois do nascimento da República e Dia Mundial do Professor, foi a maior manifestação de sempre de docentes portugueses. Simpatize-se ou não com o processo, mais de 20 mil professores(e os números são da polícia, que não de fontes sindicais) a dizerem na rua o que lhes vai nas almas, vindos de todo o país, em dia feriado, foi esmagador.
(......)
Os mais de 20 mil professores que desceram a Avenida da Liberdade não protestaram apenas contra o aviltamento e contra o roubo. Protestaram contra a sociedade que este Governo de direita liberal cega está a impor-nos, trocando pessoas por estatísticas manipuladas e números falsos, e o concreto, pungente, pelo abstracto.
(......)A maneira como se olha a economia permite distinguir a esquerda da direita. A esquerda não pode governar sem pesar as consequências das suas medidas na vida da Pessoa e das pessoas. É por isso que Sócrates e servos são a direita nua de ideias no poder. Sob o estandarte da rosa murcha, vão ao próximo congresso do partido, que ainda se chama socialista, sem opositores, com um inegável apoio do sebastianismo nacional.Era bom que a indignação atirada ao vento da Avenida da Liberdade ecoasse nos ouvidos dos portugueses. A espoliação que agora toca aos professores chegará a (quase) todos, vintém após vintém.

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